quarta-feira, 19 de maio de 2010

OS 100 ANOS DE CINEMA NA BAHIA

Glauber Rocha (O Profeta do Inconformismo)

Em 2010 o cinema baiano comemora 100 anos e desde que foi exibido o primeiro curta-metragem baiano, “Regatas da Bahia”, em outubro de 1910, do cineasta Diomedes Gramacho, a produção cinematográfica no estado teve seus momentos bons e difíceis e apesar de todos os obstáculos se destacou no cenário nacional, despontando com grandes cineastas, como o inesquecível Glauber Rocha.
Assim como o cinema nacional, o baiano passou por muitas fases como a chamada “a nova onda”, que revelou artistas como Roberto Pires com o filme “Redenção”, considerado um dos precursores no cinema da Bahia. Com ele vieram outros nomes como Rex Schindler, Luis Paulino dos Santos e Braga Neto. Glauber Rocha, também fazia parte deste grupo, e mais tarde criou o movimento chamado de Cinema Novo, cujo lema era “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”. Nesta época foi lançado o impactante “Terra em Transe”, de sua autoria e exibido entre os anos 1966/67.

“Redenção” de Roberto Pires
A ditadura militar imposta no Brasil na década de 60, não impediu que a arte do cinema baiano se manifestasse e muitos artistas usaram sua arte como instrumento de luta: Tuna Espinheira, Agnaldo Azevedo, Guido Araújo, Lázaro Torres, Edgard Navarro, Oscar Santana, Lázaro Faria, José Walter Lima e Kabá Gaudenzi são alguns exemplos de artistas que não se calaram frente aos terrorismos da ditadura. Durante duas décadas, mesmo com poucas produções e enfrentando o pesadelo da crise dos anos Collor, o cinema baiano continuou seu processo evolutivo e conquistou vários prêmios em festivais realizados pelo país.

"Ó Pai Ó" mostra as gírias da Bahia
A partir dos anos 90 até hoje, surgiram novos talentos e várias produções baianas chegaram às telas. Filmes como “Esses Moços”, “Cidade Baixa”, “Cidade das Mulheres” e mais recentemente em 2007, “Ó Pai Ó”, com direção de Monique Gardenberg e que consagrou atores como Lázaro Ramos e foi transformado em seriado pela TV Globo. Apesar das limitações o cinema baiano continua a todo vapor e muitos outros filmes estão em fase de produção. A Bahia tem motivos de sobra para festejar sua sétima arte no ano em completa seu centenário e os baianos para orgulharem-se em fazer parte de mais história!

MORRE WILLIAM LUBTCHANSKY


A morte, vinda aos 72 anos, do grande diretor de fotografia William Lubtchansky (na foto, ele se encontra na extrema esquerda, um senhor careca de terno preto e uma câmera pendurada) abalou o cinema europeu.

Era o iluminador preferido de grandes realizadores, entre os quais Jacques Rivette com o qual iluminou 19 de seus filmes. Fotografou A mulher do lado (La femme d'a côte), de François Truffaut, 7 de Jean-Luc Godard, Shoah, de Lanzman, alguns Ferreri etc. No cômputo geral de sua extraordinária trajetória consta, como diretor de fotografia, mais de 100 longas metragens, sem contar os numerosos curtas.

A importância de Lubtchansky, embora reconhecida pelas autoridades cinematográficas, ainda precisa ser analisada pelos historiadores para que seja colocado no panteão dos grandes mestres da iluminação.

terça-feira, 11 de maio de 2010

lll BAHIA AFRO FILM FESTIVAL

lll Bahia Afro Film Festival. Festival de cinema com temática negra, realizado de 13 a 23 de maio de 2010, na cidade de Cachoeira, Bahia, Brasil.

FILMES Selecionados Mostra Competitiva

01. Rio de Mulheres
de Cristina Maure -Minas Gerais
02. Black Berlim de Sabrina Fidalgo-Rio de Janeiro
03. Gisele Omindarewa de Clarice Ehlers Peixoto-Rio de Janeiro
04. Batatinha Poeta do Samba de Marcelo Rabelo-Bahia
05. Cantador de Chula de Marcelo Rabelo-Bahia
06. Doido Lelé de Ceci Alves-Bahia
07. Da Roda ao Samba de Paulo Dourado-Bahia
08. Passagens Estreitas de Kelson Frost-Minas Gerais
09. Trilogia do Reggae de Volney Menezes, Johny Guimaraes-Bahia
10. Maria do Paraguaçu de Camila Dutervil-Bahia
11. Cidade dos Mascarados de Emanuela Yglesias-Bahia
12. Reverso de Francisco Colombo-Maranhão
13. Remanso de Marcelo Abreu Goes-Bahia
14. Grafitti de Lilian Solá Santiago-São Paulo
15. Benguelê de Helena Martinho da Rocha-Rio de Janeiro
16. Vermelho Imaginário Mateus Damaceno-Bahia
17. Pastinha, uma vida pela Capoeira de Antonio Carlos Muricy-Rio de Janeiro
18. A Bença de Tarcisio Lara Puiti-Rio de janeiro
19. Cinderelas, Lobos e um Principe Encantado de Joel Zito Araujo-Rio de Janeiro
20. Palenque Popolo Libero d’ America de Salvatore Braca -Colômbia / Itália
21. O Rito de Ismael Ivo de Ari Candido - São Paulo
22. Memorias de um Afro Peruano de Jovita Andrade-Peru
23. Deusa do Ebano – Rainha do Ylê Aiyê de Carolina Moraes – Liu -Estados Unidos
24. Sua Majestade o Delegado de Clementino Junior - Rio de Janeiro
25. Making History de Cecilia Trip, Karen Mckinnon - França
26. With Every Breathde Ram Devineni-Estados Unidos
27. Má Vida de Tau Tourinho-Bahia
28. Bom Dia Eternidade de Rogerio Moura - São Paulo
29. A Ilha dos Escravos de Francisco Manso-Portugal
30. Reconvexo de Volney Menezes, Johny Guimarae-Bahia
31. Cruz e Souza, A Volta de um Desterrado de Claudia Cárdenas, Rafael Schlichting -Santa Catarina
32. Nego de Savio Leite-Minas Gerais

Lázaro Faria Curador do Bahia Afro Film Festival baff@bahiaafrofilmfestival.com.br http://click.icptrack.com/icp/relay.php?r=13178388&msgid=30399&act=I0FH&c=700342&destination=http://www.bahiaafrofilmfestival.com.br