domingo, 3 de fevereiro de 2019

A IDENTIDADE CROMÁTICA DO FILME

Espaço Cultural da Fazenda Vidigal

Escolha das cores é extremamente importante e capaz de transmitir climas e emoções e até aparece como elemento central da narrativa em algumas obras. No audiovisual, é estabelecido o conceito de que cores são um elemento eficaz na comunicação de emoções subjetivas para o espectador. A base é a teoria das cores, que sugere que cores e tons são capazes de influenciar ou comunicar certos espectros de emoções. A série “Harry Potter” é um bom exemplo. A paleta dos filmes vai ganhando tons mais frios, como azul, preto, verde-escuro e cinza, filme a filme, na medida em que a história vai se tornando mais sombria.



E há as obras em que a paleta de cores representa um elemento central na narrativa. Os filmes de Wes Anderson são facilmente reconhecíveis pela escolha da paleta de cores. Longas como Traffic, Sin City, Precisamos Falar Sobre O Kevin, Matrix e A Vida Em Preto E Branco têm nas paletas, cada um de maneira diferente, informações importantes sobre a história em si.


Em Matrix, por exemplo, a paleta de cores é diferente antes de depois de Neo escolher a pílula azul; em Sin City, o espectador é capaz de identificar em qual narrativa paralela o filme se encontra pela paleta de cores. No Twitter, o usuário CINEMAPALETTES está compilando as paletas de cores de cenas de centenas de filmes e está fazendo sucesso entre designers e profissionais do audiovisual. E ele aceita pedidos de outros usuários. Veja as paletas de cores identificadas em alguns filmes pelo perfil:

Cena de "Aladdin" (1992), da Disney 


"Cidade de Deus" (2002), Fernando Meirelles e Kátia Lund 


"O Iluminado" (1980), Stanley Kubrick 

São alguns exemplos.

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